sábado, 3 de setembro de 2011

Escoliose, muito além do colete e da cirurgia...

Muitos sabem do meu amor,  compromisso e dedicação pelo tratamento da escoliose.

Esse ano tive a chance de conhecer pessoalmente o ISICO em Milão, um instituto que se dedica ao estudo, pesquisa e tratamento conservador da escoliose.
Para quem não sabe, conservador se refere ao não cirúrgico.

Hoje, quando procuramos por informações parece que só encontramos indicações para cirurgia e colete.

O que constatei na pesquisa e infelizmente constato no meu dia-a-dia, é a falta de comunicação entre os profissionais de saúde.

Precisamos mais do que nunca de uma ação interdisciplinar, aonde o médico, o fisioterapeuta, o técnico do colete e o psicólogo "falem" o mesmo idioma, agindo em prol do bem estar e melhor tratamento para o paciente de escoliose.

Antes de mais nada temos que agir com responsabilidade e acima de tudo munidos de conhecimento técnico. Sendo assim o que interessa saber é que podemos e devemos agir nas escolioses menores; não devemos esperar que elas crescam muito pois daí diminuímos as chances de bons resultados.

Para transformar essa realidade devemos:

#  efetivar a avaliação nas escolas. O teste é simples, como se pode ver no post Escoliose, o maior dos desafios , e extremamente importante;
# reunir grupos de portadores de escoliose para trocas de informações e vivências, assim a sensação de isolamento não permanece; 
# atuar em equipe de saúde, todos igualmente importantes em suas atribuições;
# fazer da família do paciente um aliado verdadeiro aliado, o que é essencial para o sucesso do tratamento;
# informar a essa família que, quando indicado, o colete deve ser usado conforme a especificação médica. O uso do colete é motivo de rejeição, que a meu ver, pode ser contornada com educação, paciência e muito carinho, além das trocas de experiências dos grupos de apoio citados acima;
# nós da saúde temos por obrigação nos manter informados do que se faz pelo mundo para o que o tratamento da escoliose fique além de mais eficiente e seguro, mais agradável, tornando a fase do tratamento que pode acompanhar toda a fase de crescimento , o menos sofrida possível.

Talvez essa lista aumente, então devemos estar prontos para nos adaptar.

Posso afirmar que não há sentimento melhor e mais profundo  que a realização de um tratamento bem sucedido. Vale uma lida no: Escoliose... e um final feliz .

Depois de anos de atendimento e muitos casos de sucesso tenho certeza de estar trilhando um caminho certo. Mais do que nunca defendo o tratamento fisioterapêtico especializado associado ao tratamento ortopédico.
Tenho acesso a estudos científicos corroborando que se a escoliose para ser tratada exigir a utilização de colete deve obrigatorimente ser acompanhada por tratamento fisioterápico.

Por fim, mas não menos importante, devemos estar com nossos corações abertos e preparados para entender como o paciente vê o seu problema.  Essa compreensão nos lembra que somos humanos e como tal devemos nos comportar.

Me parece que quando as energias se dirigem a um objetivo, aceleram o curso natural das coisas.

Ultimamente muitas novidades e boas surpresas vêm surgindo!

Em breve estarei com boas notícias para vocês!!!!

Nunca percam a esperança, nesse momento há muitas pessoas pensando e agindo para que soluções sejam encontradas. Por mais complexos que sejam os problemas eles têm solução!

Vamos a ela!!!!!

2 comentários:

Julia Barroso disse...

Patricia, falou e disse!

Muito bom texto e importante.

Vamos juntas!!!!!
beijos Julia

Patricia Italo Mentges Instituto de Escoliose disse...

É Julia, estamos juntas nessa jornada que está começando, mas que parece nos dará muitas alegrias.
Temos constatado que muitas pessoas ainda desconhecem o fato de que há mais alterantivas para o tratamento da escoliose, sendo assim, é possível toná-lo menos sofrido, manos penoso.

Com certeza, vamos juntas!!!!

Beijos com muito carinho