domingo, 4 de abril de 2010

Faz sentido? Core training na Fisioterapia?

O Core Training tem sido extensamente citado como uma serie de exercícios inovadores no fitness.
Muito se fala do “core” associado ao treinamento funcional.
Em primeiro lugar você sabe o que é o Core? Do que se trata? Sua importância? Sua influência na saúde?
Muitas pessoas se beneficiariam de uma melhor compreensão do conceito de Core.
Muitos treinadores ou professores de Educação Física e Fisioterapeutas consideram o Core como sendo outro nome para os músculos abdominais ou a região do abdome, (aquela do tanquinho). Embora estes músculos estejam envolvidos, profissionais treinados e capacitados que realmente conhecem o Core se referem a um “sistema abrangente do corpo”, em vez de um grupo ou grupo especifico de músculos. Esse sistema inclui músculos, tecido conjuntivo, as estruturas esqueléticas, padrões de respiração, ativação neurológica, as estratégias e seqüencias de movimento.


Os principais músculos que compõem o Core são: transverso abdominal, os multifidos lombares, o diafragma, oblíquos internos e o assoalho pélvico (MAP). Esses músculos contribuem para a principal função do Core, que é a estabilização e apoio da coluna vertebral, pelve e quadril  durante o movimento funcional eficaz. Em um corpo humano saudável todo movimento é iniciado pelo Core, na região onde se localiza o seu centro de gravidade, e em seguida é transferido para as extremidades com todo o sistema interconectado.

Se o seu Core ou sistema central não está funcionando corretamente é impossível mover-se de maneira fluida e que não  estresse seu organismo. Além disso, os músculos do Core não  estão envolvidos apenas com a estabilização da coluna vertebral. Eles também são importantes na respiração e na continência (urinária, fecal e gases), então  seu uso inapropriado causará mais do que dor nas costas. Segundo Hodges, “O uso excessivo dos músculos da superfície abdominal em mulheres é associado a incontinência urinária, presumivelmente porque coloca muita pressão sobre a bexiga”. Por essa razão exercícios que treinam os músculos dessa região de forma desequilibrada (imprópria) podem prejudicar em vez de beneficiar.
Para evitar isso é necessário se fazer uma avaliação criteriosa e seguir os princípios de progressão que levem em conta os preceitos de neurofisiologia e anatomia funcional.

Pesquisas atuais revelam que é necessário apenas um advento de lombalgia (dor na região inferior das costas, lombar) para alterar o controle neuromotor de ativação dos músculos responsáveis pela estabilização da região lombar e pélvica. Entre esses músculos estão o transverso abdominal e multifidos lombares. Evidentemente a percepção dessa alteração só é diagnosticada através de uma avaliação específica pois esses músculos não são facilmente identificados. Eis uma das razões da recidiva das dores lombares. Isto será corretamente resolvido com a intervenção de um programa especifico de exercícios aplicado por um profissional de Fisioterapia qualificado em Core Training aplicado à Fisioterapia. Curso ministrado por mim.

E mais, se o Core não está equilibrado e forte corre-se o risco de sofrer lesões em articulações localizadas superior e/ou inferiormente ao quadril. Vide a série de posts intitulados O quadril e a lesão de joelho, II, III e IV.

Vamos cuidar do nosso Core!!!!

2 comentários:

marcio disse...

Bom dia!
Patricia
parabéns pelo seu trabalho!
muito obrigado por sua dicas!

Patricia Italo Mentges Instituto de Escoliose disse...

Olá Marcio,
muito obrigada!
Fico extremamente feliz quando sei que posso contribuir com dicas e informações que façam com que cada vez mais pessoas possam adquirir bem estar.
Muita saúde para você!